Eu sou uma mãe chata.
Eu devo dizer que com Pedro eu sento pra brincar, eu invento atividade, mas não gosto de bagunça, nem das bobeirices típicas da idade.
Com Luiza eu sou mais afetiva, mais atenciosa, por que eu gosto de bebê.
O Pedro já teve isso e ela vai passar pela fase do 'estranhamento' que eu tenho com crianças de 4 a 7 anos. Confesso: não gosto mesmo.
Mas nem é desse "ser chata" que eu quero falar.
Eu falo de um âmbito maior, das coisas que eu ensino pra eles, pra que eles possam sair de casa e vivenciar o mundo.
Eu ensino a não jogar papel no chão, a pedir licença, a falar obrigado, a não estragar o que é público, esperar a sua vez, essas coisas...
E eu fico PASSADA quando levo meus filhos em algum lugar e as outras crianças não respeitam certas regras, mesmo tendo os pais por perto.
Aconteceu num domingo desses: levamos o Pedro pra comer no Mc Donald's e ele quis brincar no brinquedão que tem no pátio. A regra é simples: crianças de 4 a 12 anos, desde que não passem de 1,20m tem entrada permitida. Se você tem menos de 3 anos e mais de 1,20m, não pode brincar.
Já quando chegamos eu avisei: você aproveita, por que da próxima vez que a gente vier aqui, é provável que você não possa brincar, por que você quase já tem o tamanho máximo.
Pois foi um desfile de criança grande naquele brinquedão. E o pior e que os pais estavam ali e não falaram nada. E muito pior foi um casal cuja filha devia ter uns 6 anos e estava indignada que os grandes estava invadindo, orientando-a a "não se meter". Como assim, não se meter? Ela não estava se metendo, ela estava falando do direito DELA!
Bela maneira de ensinar cidadania!
Eu fiquei um tempo olhando até onde ia aquilo e depois entrei pra falar com o gerente. Só avisei que tinha criança maior lá dentro e esperei pra ver o que acontecia. Ele mandou um menino da loja (devia ter uns 17 anos), pra tirar quem não tivesse tamanho. O pamonha ficou parado na porta, segurando os pequenos pra medir, enquanto os maiores passavam correndo na frente dele. Até que ele barrou uma menina de uns 4 anos e ela botou a boca no mundo de tanto chorar e a gente (os pais menos alienados) começou a ajudar o funcionário da loja a colocar ordem naquela bagunça.
As crianças grandes tinham a cara de pau de reclamar, de abaixarem no medidor pra parecerem menores, de passarem correndo como se não estivessem vendo o que estava acontecendo, nem ouvindo que estavam sendo chamadas.
Só faltou os pais de um deles levantar e reclamar da "injustiça"...
Olha... Definitivamente eu não sou deste mundo!
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